12 março, 2011

DOS BLOCOS DE CARNAVAL À INDUSTRIALIZAÇÃO

Sede Prefeitura de Barra Mansa, prédio do antigo Moinho Fluminense
Ainda conforme o historiador barramansense Alan Carlos Rocha, em seu livro "Três Caminhos", no Carnaval de 1926 desfilaram pelas ruas do centro de Barra Mansa blocos com nomes curiosos, inspirados em gostos e realidades da época. Naquele tempo o futebol, a política e o samba eram a maior referência do povo carioca e principalmente da região. Os blocos se denominavam como:  dos Cartolas,  dos Clubes de Futeboldas Pierretesdos Jogadores de Barra Mansa,  dos Distritos, da Tuna da Saudadedo Azul e Branco, que representa as cores do município, dos Democráticos de Barra Mansa e o das Sempre Vivas ou Bloco da Laura.
As marchinhas e sambas de enredo eram sempre alusivas ao nome, como "Yáyá me deixa , não sou cativa, que vai passar é a Sempre Viva": ou "Você diz que eu sou poeta, veja bem seu mariola, nos dias de carnaval eu sou apenas cartola"; "a glória deste lugar fui sempre, sou, hei de ser e aquele que duvidar é crescer e aparecer". E por ai vai.

A alegria dos quatro dias de festa se resumia na folia criativa no centro da cidade e em clubes como o Municipal, no centro, e o Clube dos Tabajaras, no bairro Saudade, onde hoje está instalado 7º GBM (Grupamento de Bombeiro Militar). As pessoas se vestiam com gosto e criatividade,  escondendo o corpo todo na fantasia.
Barra Mansa, seguindo este período era também conhecida como a "Pittisburg Fluminense", devido ao cartel de indústria instaladas, praticamente em seu perímetros urbano, com destaque para a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional),  Companhia Comercial Brasileira de Produtos Alimentares (NESTLÉ),  Du Pont do Brasil (Indústrias Químicas Brasileiras Duperial), Eletrometalurgica Saudade, Companhia Metalúrgica Barbará e o Moinho Barra Mansa, sede atual da Prefeitura. 
Isto trouxe um grande benefício ao comércio que se ampliou e desenvolveu-se tornando um dos mais importantes do Estado, com destaque nacional.

Fonte: Livro do historiador barramansense Alan Carlos Rocha: "Três Caminhos", impresso na Nova Gráfica e Editora -  Volta Redonda.
Foto extraída do site PINIWEB

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