02 novembro, 2010

HISTÓRIAS E CASOS DO CEMITÉRIO DE BARRA MANSA

Vista parcial do Cemitério Municipal de Barra Mansa-RJ - Foto: Cesar Dulciidi -
Hoje é finados. Dia dos mortos, para alguns, celebração da vida, para outros. Uns aproveitam o feriado, que é nacional, para o entretenimento e o lazer; e ou viagem. Outros, viajam para a terra dos pais, parentes e amigos, para visita a túmulos e homenagens póstumas. A data, com o passar dos anos, vai perdendo a influência religiosa e o misticismo. Em muitos lugares missas acontecem no interior do cemitério. Em Barra Mansa é assim e há
um dado histórico: o Cemitério Municipal São Sebastião foi inaugurado em 15 de Outubro de 1869, ou seja há 141 anos, e  só ocorreram sepultamentos nele seis dias depois.
Uma jovem de 18 anos e o escravo sexagenário, Manoel Moçambique. A terceira pessoa enterrada, dias depois, foi o espanhol Antônio dos Santos, de 30 anos.
Antes do São Sebastião, que quase ninguém conhece hoje como tal (diz-se apenas cemitério municipal), os sepultamentos eram feitos em uma área localizada onde estão os galpões desativados da Rede Ferroviária, próximo ao bairro Roberto Silveira. Conta-se que lá, onde é atualmente o  bairro Bom Pastor (antigo Lazaredo), existiu um cemitério e alí eram enterrados os escravos e pessoas mortas por doenças contagiosas, como hanseníase e outras. É a História contada.
Muito falado por antigos, o cemitério é o endereço de chacota para trabalhadores, principalmente, da Prefeitura e do Saae (Serviço Autônomo de Água e esgoto). O  novato, encarregado do trabalho de rua, é enviado ao  número 1033 da Avenida Domingos Mariano com incumbências como se fosse um mandado normal. Alguns retornam transtornados por não ter achado o endereço, outros, fulos de raiva, por terem "caído" na troça. "mas, lá é o cemitério...?!"
Pois, é mesmo!
Brincadeiras com o "dez trinta e três" sempre existiram. Portanto, se (o) ou (a) mandarem a este número da Avenida Domingos Mariano, para qualquer coisa, desconfie. E lá que surgiu a piada dos coquinhos.
Duas crianças passaram do portão  do principal do Cemitério atrás de coquinhos e se distraíram em seu interior, até que escureceu. Determinada hora, dividiam os que conseguiram apanhar, quando dois coquinhos rolaram para o lado de fora. "Um para mim, outro pra você...", dizia um dos garotos. Dois transeuntes que passavam pela calçada ouviam assustados, quando o outro garoto disse: "E aqueles dois lá de fora; é de quem?". A dupla saiu em disparada.

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